Por que se preocupar com a ergonomia dos móveis do escritório?

O esforço constante dos trabalhadores exige uma atenção extra da empresa, pois sérias lesões ocupacionais podem ocorrer, tanto por má postura quanto por esforços repetitivos.

Não são raros os casos de empregados que passam tanto tempo no trabalho quanto em casa. Às vezes são sete, oito ou até dez horas dentro de um escritório. Esse esforço constante exige uma atenção extra da empresa, pois pode causar sérias lesões aos funcionários, tanto por má postura quanto por esforços repetitivos.

Aqui entra a ergonomia. Ela nada mais é do que o estudo da relação do homem com seu ambiente laboral, de modo a tornar os espaços mais confortáveis e funcionais. É regida pela Norma Regulatória 17 (NR17), que visa “estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores”.

Dentro desse campo, um dos principais pontos é a escolha adequada dos móveis. Uma cadeira mal fabricada, um monitor abaixo da linha de visão ou uma mesa mais alta do que deveria podem ocasionar sérios problemas de saúde para os empregados que os utilizam por tempo prolongado. Para se ter uma ideia da importância desse tema, dentro da NR17 existem diversos tópicos que falam sobre o assunto.

As cadeiras utilizadas nos postos de trabalho, por exemplo, devem seguir uma série de requisitos mínimos de conforto (tópico 17.3.3). A altura deve ser ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; deve possuir pouca ou nenhuma conformação na base do assento; a borda frontal deve ser arredondada; e o encosto deve possuir uma forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

Esse é apenas um dos muitos exemplos que são estabelecidos na NR17. Móveis e utensílios desconfortáveis contribuem para o aumento de dores nas articulações e nos músculos, diminuem a produtividade do empregado e, em última instância, podem aumentar o número de afastamentos ou desligamentos de colaboradores.

É por isso que sua empresa deve ficar atenta a todas essas questões levantadas. Além de seguir o que rege a lei, também é importante ouvir os funcionários. Descobrir o que os incomoda no ambiente de trabalho é um passo importante para aumentar o bem estar, a saúde e a forma como eles enxergam a empresa.

Problemas causados pela falta de ergonomia

1. Dor nas costas: essa é uma das queixas mais comuns dos trabalhadores. Os problemas são causados pela herança genética, sedentarismo, levantamento de peso incorreto, idade e má postura no trabalho.

2.Hérnia de disco: é quando ocorre o deslocamento de um disco intervertebral, que comprime as raízes nervosas da medula espinhal. É o resultado de um trabalho físico pesado e constante, postura de trabalho estático, trabalho repetitivo, inclinar e girar o tronco frequentemente, entre outros.

3.Bursite de cotovelo: ocorre quando o cotovelo é pressionado de forma constante contra superfícies duras. Esse tipo de esforço também pode causar gota, traumatismo e artrite reumatóide.

4. L.E.R. (Lesão por Esforço Repetitivo): também conhecida como D.O.R.T. (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), ocorre quando são realizados movimentos repetitivos em alta frequência e em posição ergonômica incorreta. São geradas lesões nos tendões, músculos e ligamentos que podem impossibilitar o trabalhador de executar a sua função devido à dor.

Esses não são todos os problemas gerados pela má ergonomia do espaço de trabalho. Para ver outras doenças ocasionadas pela falta de ações efetivas na segurança e saúde do trabalho, acesse este link.

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